sábado, 23 de fevereiro de 2008

O começo.














Caramanchão ou deserto.

No embalo
Ao encontro
Dos braços de uma mãe.
Cada segundo (uma mãe)
A te abandonar nos braços.
Odeio ter que me despedir.
De mim.

Singapura.

No toque do sorriso
Monotonia intocada
No oriente existe um país de brinquedo.
É aqui em Singapura.

Minha artista.

No vermelho da cortina, me vejo (inquieta). Ansiosa pelo palco (menina). Espero o momento certo de ser a artista que eu sempre quis(pé no chão, grito e flor no cabelo.).

Aqui, do outro lado do mundo.


Acoisa mais legal de Singapura, é a Jojô.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Nostalgia.


Vejo o tempo todo a imagem de minha mãe cortando cebola na cozinha. Parava e dizia: "Vai minha filhinha. Vai conhecer a sua liberdade. Mamãe tá aqui tá?
Mas vai, e não deixe de ir..."

domingo, 17 de fevereiro de 2008

A safira ou Valentine,s day ...parte 3.


O homem japa suava como um porquinho tenro tailandes. Deu nojinho. Gesticulava com as mãos atarracadas e gordinhas: "BY SAFIRA!" Berrava o porquinho, ops! quer dizer o homenzinho sussurrando e os olhos arregalados.


A essa hora já tinhamos descoberto que era feriado de Buda e bastava pegar um tuk tuk e o homem era religiosamente obrigado a nos seguir e nos levar de graça o dia inteiro pra onde quisermos.


O japa Thai dizia: "By gold! By cheap! Then sell five times more!"

Eu, puta, já estava meio de saco cheio daquela voz voz anasalada, e de ter que traduzir aquelas babozeiras todas pro Dani, que bendito seja o meu marido , não fala a porra do inglês (ô linguinha sem arte, sem vida, sem nada).

O sol era quente, o cérebro meio que derretia um pouco de verdade, e o japa man falando sem parar nos meus ouvidos, voziferando, me chuvendo perdigotos com restos mortais de pork nodles pad thai- Repito: puta da minha vida, o viado nos convenceu pelo cansaço. Nos despedimos do pseudo- anão thai com um namastê equivocado budista-ele sorria-dentes podres.Feliz.

Fomos a tal loja foda com safiras produzidas pela escravidão tailandesa, comprar pedras e ouro e ficar ricos no Brasil. Dizia o meu amigo invisível: "Vai , mas saiba que não veio para isso. Voltarás de mãos vazias.Este não é o teu caminho." Fingi que não ouvi, naquele momento eu queria ficar rica. A ganância falou mais alto.

Na tal loja, falei da tal safira e uma tal mulher misteriosa e japa(claro) disse: "Come with me". Dani me olhou forte com um ar de perigo e "fudeu", senti um meio tesão estranho de estar fazendo algo proibido. Fomos.

No esconderijo:

1-O cartão não passava. Problema de limite.

2-Ligamos pro Brasil. Aumentar o limite.

3-O cartão não passava.

4-O clima foi ficando tenso.

5-O cartão não passava.

6-Já passava das 17h. Ia escurecer.

7- A japa nos pressionava. Daniel calmo. Aliviado por não entender a japinha que falava o inglês pegajoso.

8-Tentamos pegar no caixa. Travou.

9-Encarei a japa e disse: "Today is Buda holiday. Those safiras are not our destiny.Let me go in peace."

10-El;a me olhou séria e puta da vida dela: "Goodbye Karla."


Do lado de fora, fim de tarde, o tuk tuk nos esperava dormindo, dormindo, sorriu acordando e disse: "Where now?"

Eu disse: "Home".

Andando pelas ruas mais tarde sentindo a briza quente de cheiro agridoce das barracas, olhamos Bangkok e gargalhamos felizes.

Dani disse: Sua gananciosinha de merda!"

- É você seu ambicioso puto!

- É você..

-Não você...Não...

-Você...

-Você

-você....

No aviao...


22 horas dentro de um aviao...
E claro que eu tive uma crise nervosa de Paris pra Bangkok...
Trata-se de claustrofobia.
E ainda nao cessei as perguntas.
E ainda nao sei o que vim fazer no oriente.

Aviao.

trago em mim o sentimento faceiro de estar vivendo meu destino alado.

desculpas...

desculpas sinceras...
aqui nao tem acento...
ao retornar concerto o que tem de ser concertado.